domingo, 30 de junho de 2013
atávico
guardei (sem ter porquê, nem por razão, ou coisa outra qualquer)
no fim das estradas esburacadas de mim
todo
- todo -
o veraneio, devaneio e anseio que inventei no seu nome.
ninguém passa pelas minhas estradas esburacadas.
elas não são
convidativas, e foi
por isso
que eu te guardei onde só se chega
através delas.
no fundo, inserido, depois da pele, dos ossos, das células,
entranhas,
átomos, cânceres,
segredos
e
velhos amores.
quando,
por acaso ou desventura,
sinto que não há
nada mais
em mim,
você grita, daqui,
do fundo,
e eu percebo que há,
que sempre vai haver,
você.
y
ou até que outro chegue mais longe e esse vazio nunca mais aconteça...
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